Matheus Constantino

O Cidadão

Matheus Constantino ou Matteo Constantino, nasceu em Catânia, Itália, em 19 de agosto 1891. Filho de Concetto Constantino e Maria  Nostalzi Constantino, chegou ao Brasil com 2 anos de idade. Inicialmente morou em São Paulo, Capital, na Rua dos Imigrantes, hoje Rua  José Paulino. No bairro do Bom Retiro, em 1910, juntamente com outros membros da colônia italiana, participou da fundação do Sport Club Corinthians Paulista.

Veio para São Caetano do Sul, em 1915, para assumir a gerência da primeira metalúrgica do município, a Metalurgica Italiana, de propriedade do Sr. Romeu Masini. Tornou-se proprietário da empresa, trocando o seu nome para Metalurgica Ita, instalada a Rua Amazonas, 97. Convocado pelo governo italiano, participou ativamente da Primeira Guerra Mundial, recebendo do “Consiglio Dell’Ordine de Vittório Veneto” a Comenda de Cavaliere de Vittório Veneto, pelo serviços à pátria italiana.

Casou-se, 02 de julho de 1917, no bairro de Santana, na Capital, com Josephina Masini, filha do Sr. Romeu Masini. Teve 3 filho: Concetto, casado com a Sra. Bruna Bisquolo, vereador e Presidente da Camara Municipal de São Caetano de Sul por varias legislaturas e, por duas vezes, Venerável desta Loja; Marieta, casada com o Sr. Wellington Perianto e Margarida.

Exerceu durante 15 anos o cargo de juiz de paz de São Caetano do Sul, através de sucessivas eleições, sendo, na época, o cargo mais graduado do local. Foi fundador em 11 de janeiro de 1922 e Presidente durante os doze anos do Grêmio Instrutivo e Recreativo  Ideal, que teve sua primeira sede na esquina na rua Dr. Rodrigues Alves com a Rua Heloisa Pamplona e mais tarde na Rua Rio Branco, 45. Foi líder autonomista em 1928, participando da Diretoria do Partido Independente Municipal (PIM), juntamente com o Eng. Armando Arruda Pereira  e com o Coronel Bonifácio de Carvalho. Em 1930 atuou com o Presidente (Juiz Eleitoral) das eleições realizadas no então Distrito de São Caetano, pertencente ao município de Santo André. Foi-lhe expedido em 10 de julho de 1945, o titulo declarativo de cidadão brasileiro.

Em 1948 destacou-se como um dos lideres mais atuantes do movimento que conquistou a autonomia política-administrativa de São Caetano do Sul.

Participou da fundação do primeiro jornal de São Caetano do Sul, o Jornal de São Caetano do Sul, fazendo parte do seu Conselho Editorial.

Foi fundador da Sociedade Amigos de São Caetano do Sul e da Sociedade Beneficente Hospitalar São Caetano, mantenedora do Hospital São Caetano durante muitos anos, Agente Consular da Italia e secretário da Sociedade de Mútuo Socorro “Principe de Napoli’.

Em 17 de agosto de 1962 pela Câmara Municipal com o titulo de Cidadão Sulsancaetenense em 13 de Outubro de 1962 com a Medalha de Honra ao Mérito. Em 23 de Maio de 1979, recebeu significativa homenagem da Delegacia de São Caetano do Sul e Centro das Industrias do Estado de São Paulo (CIESP), como empresário, pelo relevantes serviços prestados a cidade e industria local.

Atuou em grupos de teatro amador, ajudou a funda e participou de diversas entidades sociais e filantrópicas do município foi Presidente de varias comissões constituídas por diversas prefeitos de São Caetano do Sul.

A municipalidade de São Caetano do Sul, reconhecendo a atuação de Matheus Constantino em prol do município, homenageou o ilustre cidadão dando seu nome a uma das ruas da cidade, localizada no bairro de Santa Paula. Também o governo do Estado de São Paulo, deu seu nome a uma escola estadual do município.

Matheus Constantino faleceu em 22 de setembro de 1979, após longa enfermidade.

O Maçom

Matheus Constantino foi iniciado na Augusta e Respeitável Loja Simbólica “Rangel Pestana”, São Paulo, em 07 de outubro de 1941. Foi elevado a Companheiro em 02 de dezembro de 1941 e exaltado ao grau de Mestre em 17 de março de 1942. Admitido nos graus filosóficos no Rito Escocês Antigo e Aceito: Grau 4 em 29 de agosto de 1942, Grau 9 em 03 de abril de 1943, Grau 14 em 22 de junho de 1943, Grau 15 em 11 de fevereiro de 1944 e o Grau Rosa Cruz (18) em 25 de abril de 1944.

Ajudou a fundar, em 27 de outubro de 1945 a A∴R∴L∴S∴ “G. Mazzini”, então como sede em São Paulo, posteriormente transferida para São Caetano do Sul. Em 19 de maio de 1948 participou da fundação da A∴R∴L∴S∴ “Fraternidade de São Caetano”, de São Caetano do Sul. Foi eleito Orador Adjunto, em 20 de abril de 1949 e seu Venerável, de 25 de maio de 1950 a 25 de maio de 1961, reeleito sucessivamente por 10 vezes, sendo o mandato na época de 1 ano. Em 07 de setembro de 1950 foi recebido como Membro Honorário da A∴R∴L∴S∴ “Astro da Arabia”, da Capital. Na época ocupou o cargo de Porta Estandarte , do Grande Oriente do Brasil, que tinha por sede o Palácio do Lavradio, Rio de Janeiro.

Como participante ativo da Maçonaria Adonhiramita, encabeçou em 1959, campanha visando a instalação do Capitulo do Rito Adonhiramita em São Caetano do Sul. Na época, o Rito que tinha 13 graus, possuía apenas um Capitulo, que abrangia todos os graus filosóficos (do 4 ao 13), Em 23 de julho de 1959 presidiu a reunião em que participaram Manuel Martineli do Couto, Antonio Caparroz Guevara, Manoel José Dias, Dovilio José Quaglia, Vincenzo Genga, Augusto Panunzio, João Nilo Ferrari, Hélio Valenti, Jarbas Carvalho e Américo Cavalini, ocasião em que foi decidida a fundação do Capitulo “Fraternidade São Caetano”. Apos trabalhosas gestões de Matheus Constantino ao lado de Manoel Martineli do Couto, junto ao Mui Poderoso Capitulo dos Cavaleiros Noaquitas para o Brasil, Oficina-Chefe do Rito Adonhiramita, o Capitulo foi oficialmente instalado em São Caetano do Sul, no dia 16 de fevereiro de 1961, em Sessão presidida pelo Grande Inspetor do Rito Irmão Josué Mendes. Matheus Constantino presidiu o Capitulo “Fraternidade São Caetano”, de 1961 a 1963.

Em 12 de julho de 1962, recebeu o Titulo Benemérito  da A∴R∴L∴S∴ “Fraternidade de São Caetano”. De 1963 a 1965 foi Primeiro Vigilante da A∴R∴L∴S∴ “G.Mazzini”. Em 04 de junho de 1966, foi eleito 1º Grande Vigilante do Capitulo “Fraternidade São Caetano”. Em 26 de março de 1971 foi agraciado com titulo de Emérito da A∴R∴L∴S∴ “G.Mazzini”. Foi elevado ao Grau de Cavaleiro Kadosch (grau 30), em 10 de julho de 1976, no Templo da Loja “Independência”, de Campinas, São Paulo. Em 10 de julho de 1976, em Sessão realizada  no Templo da A∴R∴L∴S∴ “Damasco”, em Santos São Paulo, recebeu o Grau 33, Patriarca Inspetor Geral. No Rito Adonhiramita, Matheus Constantino recebeu o nome histórico de Deão de Portugal.

Matheus Constantino